Esse livro aprofunda a compreensão e a discussão sobre a força social da
utopia cristã popular na América Latina. Esta força social estava à vista e
efetivada nas décadas de 1970 e 1980, mas atualmente está submersa e latente.
Conforme indicação do filósofo Enrique Dussel, a esperança católica popular
latino-americana pode ser remontada desde frei Bartolomeu de las Casas,
portanto, desde o século XVI. Gustavo Gutiérrez e Leonardo Boff abriram um novo
capítulo na história deste movimento social e a partir do seguinte desafio:
como teorizar a construção de um mundo mais justo na segunda metade do século
XX?
O autor ilumina o processo de desenvolvimento da teologia da libertação e
resgata utopias que foram e ainda estão sufocadas pela hegemonia neoliberal.
Resgata utopias não para que sejam seguidas acriticamente, mas para propor uma
discussão mais rica frente ao monólogo da desesperança, do capitalismo e do
individualismo.
SUMÁRIO
Introdução............................................................................................................11
Parte I
Ernst Bloch, religião e marxismo...........................................15
Capítulo I
Primeiros apontamentos sobre Bloch e sua obra..............17
Capítulo II
Thomas Münzer e a luta pela construção do reino da
liberdade...........................................................................................25
Capítulo III
Sobre O princípio esperança.....................................................37
Parte II
Pannenberg, Moltmann e Metz: teologia da história,
teologia da esperança e a nova teologia política..................67
Parte III
Fundamentos da teologia da libertação..................................79
Capítulo I
Teologia da libertação, de Gustavo Gutiérrez.....................81
Capítulo II
Jesus Cristo libertador, de Leonardo Boff...........................101
Capítulo III
Apontamentos históricos..........................................................111
Conclusão....................................................................................117
Anexo
Aproximações entre Paulo Freire e Ernst Bloch.................121
Bibliografia.................................................................................127